quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Dia de Taça

Ora por enquanto o resultado de hoje é este: Belenenses, Beira-Mar e Sporting estão nas meias finais.

Bragança (2.ª) - BELENENSES, 1-2
(Toni 27'; Dady 57', Nivaldo 71')

BEIRA-MAR - Boavista, 2-0 ap
(Edgar 112' e Delibasic 120')

SPORTING - Académica, 2-1
(Liedson 4', 11'; Dame 90'+1)

Sporting Braga - Varzim (LH), 25 de Março (18:00)

Agora vamos ao que se disse:

Beira-Mar afasta Boavista no prolongamento



O Beira-Mar qualificou-se para as meias-finais da Taça de Portugal ao derrotar o Boavista, por 2-0, em jogo disputado no Estádio Municipal de Aveiro.

Após um tempo regulamentar em que as duas equipas se equivaleram, os aveirenses aproveitaram a exclusão de Lucas, por duplo cartão amarelo, nos primeiros minutos do prolongamento para avançar no terreno, sendo premiado com dois golos, o primeiro por Edgar, aos 111’, e o segundo por Delibasic, aos 119’.

Fonte: O Jogo

Belenenses ganha em Bragança e está nas meias-finais
O Belenenses foi a Bragança ganhar à equipa local, por 1-2 e qualificou-se para as meias-finais da Taça de Portugal.



Terminou assim o sonho do “tomba-gigantes” da presente edição da Taça, que milita na II Divisão B, e que até chegou a estar a ganhar com um golo de Toni, aos 29 minutos, na sequência da marcação de um canto.

Minutos depois o jogo seria marcado pelos mesmos intervenientes, o avançado do Bragança e o guarda-redes do Belenenses, uma vez que Toni ao tentar um remate à boca da baliza do conjunto do Restelo falhou a bola e acertou na cabeça de Costinha, que acabaria por ser transportado para o hospital e substituído na baliza pelo jovem Marcos.

Já no segundo tempo e fruto da maior experiência da sua equipa o Belenenses deu a volta ao jogo e ao marcador com golos de Dady aos 57 em jogada de antecipação e Nivaldo de cabeça aos 71.

Fonte: O Jogo

Bis de Liedson garante «meias» aos leões



O Sporting venceu a Académica por 2-1 e está nas meias-finais da Taça de Portugal, juntando-se a Belenenses e Beira-Mar, que eliminaram Bragança e Boavista, respectivamente. Falta apurar mais um semifinalista, Sp. Braga ou Varzim (25 de Março). Liedson bisou, Dame reduziu ao cair do pano.
Liedson festeja o segundo golo
ASF
«Temos de mostrar de que massa somos feitos.» Os jogadores leoninos entenderam as palavras de Paulo Bento e tiveram entrada de «leão» no relvado de Alvalade, com Moutinho (grande primeira parte) a empunhar a batuta e Liedson a dizer que não esqueceu a arte de marcar. Nos primeiros 20 minutos, o leão mostrou a rua raça, marcou dois golos (4 e 11 m) e outros ficaram por facturar. Depois, a equipa leonina tirou o pé do acelerador, mas sempre com o jogo controlado. O Sporting exercia clara supremacia no meio campo, não dando hipóteses à Académica de gizar jogadas de contra-ataque. Apenas Filipe Teixeira (o melhor dos «estudantes»), aos 44 m, levou o perigo à baliza de Ricardo, que defendeu à segunda.

Surpreendida com a entrada de rompante do Sporting, a Académica ficou «atordoada» e só reagiu na segunda parte. Manuel Machado mexeu no «onze» e a sua equipa surgiu disposta a mudar o rumo do jogo. Os «estudantes», agora mais atrevidos, passaram a surgir mais vezes na área leonina. Ainda assim, os «leões» dispuseram de situações para elevar a vantagem, mesmo a jogar em ritmo mais lento, nada comparável ao dos primeiros minutos de jogo.

A expulsão de Vítor Vinha (falta duríssima sobre João Moutinho), aos 55 minutos, foi duro golpe na estratégia de Manuel Machado. A Académica ficou fragilizada, mas o Sporting não tirou partido dessa situação. Em vez de aumentar a pressão sobre o adversário, «pensou» que a eliminatória estava ganha e acabou por sofrer um golo ao cair do pano (Dame), quando os adeptos leoninos já festejam nas bancadas a passagem à meias-finais da Taça de Portugal.

A vitória do Sporting não sofre contestação, mas há que realçar a atitude da Académica, que mesmo em inferioridade numérica não baixou os braços. Lutou até final e conseguiu um golo, levando o nervosismo às hostes leoninas, se bem que já muito perto do apito final.

Fonte: A Bola

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Marítimo bate Leiria e Braga bate Estrela da Amadora



O União de Leiria tinha tudo para alcançar a sua primeira vitória nos Barreiros, mas deixou fugir uma oportunidade única. O Marítimo, mesmo jogando uma hora reduzido a dez elementos, conseguiu reagir a uma desvantagem e alcançou uma vitória que deixa o clube insular com os mesmos pontos que o adversário desta noite, e por isso bem presente na luta pela Europa.

Quase tudo correu mal ao Marítimo na primeira parte. Logo nos instantes iniciais da partida surgiu a primeira contrariedade, com Diogo Valente a lesionar-se. Mas enquanto se decidia a sua substituição, o União de Leiria aproveitou e inaugurou o marcador com quatro minutos jogados. Gregory teve uma escorregadela comprometedora e «ofereceu» o golo ao ex-companheiro, Marcos António.

O União de Leiria ainda tentou entrar na corrida pelo prémio do azar, com Ivanildo a ceder o lugar a Paulo Machado também devido a lesão muscular, mas Ulisses Morais era mesmo o mais azarado da noite. Aos 27 minutos o técnico do Marítimo tentou alterar o rumo dos acontecimentos, fazendo sair Filipe Oliveira para a entrada de Olberdam, mas sofreu nova contrariedade três minutos depois, com a expulsão de Marcos. O guarda-redes viu-se obrigado a defender fora da área depois de ter perdido a bola para Slusarski e viu o correspondente cartão vermelho. Com apenas meia hora de jogo, o técnico esgotava as substituições e via a sua equipa reduzida a dez elementos.

A vida parecia demasiado fácil para o União de Leiria, e isso acabaria por sair caro à equipa de Domingos Paciência, que adormeceu e permitiu o empate do Marítimo no período de compensações do primeiro tempo, com Mbesuma a aproveitar um cruzamento de Douglas e a empurrar para o fundo da baliza.

A equipa leiriense deve ter levado um puxão de orelhas ao intervalo e por isso apareceu na etapa complementar disposta a fazer prevalecer a superioridade numérica, com o Marítimo a sentir muitas dificuldades para sair do seu meio-campo defensivo. Harison atirou ao poste logo aos 48 minutos, mas Rossato era o jogador mais empenhado em chegar ao golo, só que os remates do lateral brasileiro teimavam em passar rente ao poste.

Com tanto desperdício, o Marítimo foi aligeirando a pressão e contra todas as expectativas acabou por conseguir chegar à vitória aos 79 minutos, beneficiando de um autogolo de Laranjeiro, que deu o pior seguimento a um cruzamento de Arvid Smit.

Fonte: João Manuel Fernandes (maisfutebol)




E agora para algo completamente diferente. Da glória na UEFA à crua realidade interna, impõem-se palavras diferentes para o Sp. Braga de Jorge Costa. Venceu o Est. Amadora, é um facto, mas a actuação e a atitude da equipa, nomeadamente na primeira parte, devem ter levado o novel técnico ao desespero. Uma partida interessante, onde a equipa de Faquirá não merecia ter saído derrotada, nomeadamente pela excelente lição táctica que deu na «pedreira». E além de duas grandes penalidades, o árbitro Elmano Santos ainda deu uma de Marc Batta, lembram-se? Aquele juiz francês que expulsou Rui Costa na Alemanha e destruiu o sonho da qualificação da selecção nacional para o Mundial de 1998. Desta vez, foi Wender a vítima.

Não é coisa nova, aliás acontece com alguma frequência. Após a excitação do feito na Europa - a eliminação do Parma nos 16-avos-de-final da Taça UEFA -, chegam os sintomas de ressaca, não raras vezes insuportáveis. Neste caso, não se pode falar em enjoos, cabeça pesada, dores musculares e cansaço excessivo, mas talvez os danos colaterais não sejam assim tão distintos, quando aplicados a uma equipa de futebol.

De facto, o Sp. Braga apresentou-se sem qualquer dinamismo ou discernimento perante o Est. Amadora. Viu-se, antes, um conjunto desconexo, desconcentrado, por vezes bocejante. Ora, é certo que a Liga portuguesa não tem níveis sequer comparáveis a uma prova europeia, mas trata-se, em primeira análise, de uma prova profissional e extremamente competitiva. De resto, estamos certos que nela não há lugar para crises de hedonismo ou ataques egocêntricos. E quem se atreve a tais atitudes arrisca-se a passar muito mal. Foi o que aconteceu em Braga com o Sporting local.

Condescendência minhota, aproveitamento estrelista

É certo que Jorge Costa se viu privado de várias peças importantes. Aos lesionados Vandinho, Madrid, João Pinto - teoricamente, o trio que ocuparia os lugares do meio-campo - e Maciel, o recém-empossado técnico teve que juntar o nome de Zé Carlos que, à última hora, desapareceu da convocatória. Ainda assim, é complicado compreender uma entrada tão confrangedora em jogo, por parte dos arsenalistas.

Sem velocidade e num estilo irritantemente relaxado, o Sp. Braga foi concedendo condescendentes veleidades ao Est. Amadora que, muito bem, não se fez rogado. Onze minutos, golo de José Fonte, no seguimento de um pontapé de canto. E a defesa do Braga a olhar. E só na marcação de uma grande penalidade, já depois de Wender ter desperdiçado outra, o Sp. Braga empatou. Ao minuto 36, Paulo Jorge sossegava as parcialmente as bancadas da «pedreira».

E ao cair do pano, cabeçada de Wender e três pontos na mão

O Sp. Braga reentrou ligeiramente melhor. Acima de tudo, com outra postura. Sem jogar bem, longe disso, a equipa começou a jogar mais pelos flancos e teve um Wender diferente, para melhor. Uma melhoria, ainda assim, insuficiente para abanar com a sólida estrutura defensiva do Estrela. Os três homens de combate no meio-campo (Marco Paulo, Luís Loureiro e Daniel) contaram sempre com a ajuda do inesgotável Rui Borges e, apesar do domínio bracarense, o jogo parecia estar condenado a uma igualdade.

Mas Jorge Costa arriscou nos últimos quinze minutos e foi premiado pelo arrojo. Abdicou de um médio (Castanheira), apostou em Davide que se colocou ao lado de Chmiest e o ansiado golo da vitória surgiria mesmo ao cair do pano. Wender, ao segundo poste e sem marcação, aproveitou para cabecear para a baliza do desamparado Paulo Lopes, um dos melhores em campo.

A arbitragem de Elmano Santos foi globalmente correcta, apesar de alguns lances de dúvida. Nas duas grandes penalidades assinaladas, será necessário recorrer às imagens televisivas, pois são lances de difícil análise. Já na expulsão a Wender, pareceu excessivamente rigoroso. Uma atitude «à Batta», na hora da substituição do extremo.

Fonte: Pedro Jorge da Cunha (maisfutebol)

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Benfica vence Paços e estreia a diferença pontual

Para o primeiro lugar.

Antes de mais, um pequeno disclaimer: alguém, que escolheu manter-se anónimo, comentou (e com razão, frise-se) que o texto relacionado a um jogo anterior não era meu. E tinha razão. Eu por norma coloco as fontes, mas nos últimos posts, realmente, por LAPSO, não tenho colocado. E repito, lapso. Até porque todos os visitantes deste blog certamente visitam o maisfutebol e ioldesporto, como eu, bem como outras fontes. Posso enganar uma duas pessoas, mas certamente não quem anda nas andanças dos blogs... e dos sites desportivos. Infelizmente, tenho tido muito trabalho, o das 8h norma e do outro, e ainda estou a recuperar do meu acidente à Peter Cech, num treino da minha equipa, que me causou umas tantas lesões nas vértebras, maxilar e musculares...

Estar ao computador ainda me custa um bocado, e por isso tenho escrito menos da minha mão. Mas também não queria o blog morto por causa disso.

Explicado o que havia a explicar, PELA MINHA MÃO, aqui segue a minha visão do jogo do Benfica esta noite...



Bom jogo do Benfica, que entrou em campo decidido a mostrar ao Paços de Ferreira os célebres 15m à Benfica. E tão decidido entrou o Benfica, que consegui abananar a estrutura defensiva do Paços, e sem surpresas aos 8m Simão cobra um livre num remate irrepreensível que Peçanha só com asas defenderia. O Paços acusou o golpe, e aos 19m Nuno Gomes remata de primeira ao lado, após um belo passe rasgado de Katsouranis.

Aos 30m Miccoli obriga Peçanha a aplicar-se num remate forte que o guardião pacense defende muito bem por cima da barra, para aos 33m Nuno Gomes reencontrar-se com os golos após um cruzamento muito bem medido de Karagounis, que, num sucessão de pequenas fintas cruza para a entrada da pequena área onde Nuno Gomes, de cabeça, coloca a bolas nas redes sem que Peçanha sequer tenha esboçado a defesa.

Aos 44m, Quim brilha aos defender um remate venenoso de Geraldo, num excelente trabalho fora da área. No canto seguinte, golo do Paços, por intermédio de Fahel.
Luiz Carlos tenta, João Paulo remata para corte em cima da linha de Lé, e Fahel, sozinho, marca.

Chegou o intervalo e no recomeço aos 49m Fahel ganha uma bola fácil a Luisão, junto à linha, e após tirar um defesa vermelho da jogada, já na área assiste João Paulo, que remata rasteiro rente ao poste. O Paços nesta altura já tinha o jogo mais equilibrado, apesar do Benfica ainda deter o ascendente, o que se reflectiu aos 66m altura em Simão marca de cabeça culminar de uma grande jogada individual de Miccoli, que centra de costas para a baliza e Simão só teve que encostar. Reclamou-se fora de jogo, mas sinceramente, eu e os comentadores do jogo não chegamos a nenhuma conclusão.

Com o resultado feito, destaque apenas para dois lances, aos 77m em que Edson falha um golo fácil com Quim sem hipóteses, e para aos 91m João Paulo rematar mais em jeito que em força e Quim mais uma vez a grande nível.

Uma vitória que premeia a vontade do Benfica, e pune a má entrada do Paços que tem bons valores a emergir para o futebol nacional.

Belenenses vence Naval...



A Naval continua em agonia. Desta vez, depois de ter dado dois golos de avanço e conseguido, briosamente, chegar ao empate, voltou a sofrer um «curto-circuito» quando parecia capaz de consumar a reviravolta e lá deixou o Belenenses voltar para Lisboa com os três preciosos pontos. No final, os adeptos locais não deixaram de mostrar o seu desagrado perante a má campanha da equipa, com os habituais lenços brancos e assobios a fazerem-se ver e ouvir.

O azuis do Restelo devem ter ficado deslumbrados com a forma fácil e rápida como chegaram ao 2-0. Conseguiram-no à custa de uma entrada desastrada dos figueirenses, que, com erros de palmatória, consentiram um golo logo aos 40 segundos e outro apenas dez minutos depois. Num e noutro caso, foram notórias as falhas individuais, especialmente no segundo, quando Taborda resolveu armar-se em Higuita e viu Eliseu roubar-lhe a bola para a entregar de bandeja a Dady.

Sem ganhar há cinco jogos (quatro derrotas consecutivas), eliminada da Taça de Portugal em casa pelo Bragança, da II Divisão, a equipa de Mariano Barreto, o seu terceiro treinador esta época (será o último?), começa a escorregar na classificação e a dar mostras claras de intranquilidade. O estranho é que a equipa até mostra capacidade de reagir à adversidade mas depois deita tudo a perder, com erros imperdoáveis, como aconteceu no lance do 2-3.

É pena, porque até esse momento fatal, os navalistas deram a sensação que iam poupar os adeptos a mais uma desfeita. A pedra de toque chegou quando reduziram a desvantagem, ainda na primeira parte, numa altura em que os azuis de Belém até já justificavam o terceiro golo. As hostes da casa animaram, o escasso público voltou a puxar pela equipa, e os jogadores perceberam a importância deste momento de viragem. Valeram nessa altura aos da cruz de Cristo a precipitação de Lito, quando não conseguiu repetir o golo e despejou por cima, e a inspiração de Costinha entre os postos, com duas boas defesas a remates de Mário Sérgio e Gaúcho.

Naval reentrar transfigurada mas deita tudo a perder

Se a despedida da primeira parte já deixara a ideia de que a Naval podia discutir o resultado, o reinício da partida confirmou-o com o golo do empate. Metamorfoseada, a Naval mostrou a atitude que lhe faltara durante grande parte da etapa inicial e o Belenenses, até então seguro e confiante, encolheu-se e passou a defender com todo o arreganho o precioso ponto. Estava tudo bem encaminhado para que os da casa pudessem dar um pontapé na crise, quando outro erro defensivo deitou tudo a perder. Zé Pedro agradeceu a benesse e fez o 2-3.

Resta dizer que o Belenenses redimiu-se, assim, da derrota consentida no Restelo na última jornada, frente à Académica, e já está no sexto lugar da classificação, em posição de piscar o olho à Europa. Esta noite, os azuis de Belém até conseguiram fazer história: ganharam pela primeira vez à Naval, depois das duas derrotas da última época e do empate no jogo da primeira volta.

FONTE: MAISFUTEBOL

Porto esmaga Beira Mar



O Beira-Mar ainda tenta perceber de onde saiu aquele camião TIR que lhe passou por cima em menos de dez minutos, atropelando irremediavelmente as ilusões alimentadas por uma desvantagem que era magra e, sobretudo, por um FC Porto que, até aí, rodara muito tempo em contra-mão, isto apesar de ter marcado logo à primeira tentativa. Teria sido um princípio de sonho não fosse dar-se o caso de o primeiro remate portista ter surgido bem tarde. A tempo de embalar a vantagem, numa peitaça simbólica de Lisandro, mas já depois de o adversário ter ameaçado umas quantas vezes um começo mais sombrio. O fulgor aveirense esvaziou-se um pouco depois desse golpe desmoralizador arquitectado por Quaresma, Pepe e Lisandro, devolvendo aos portistas alguma serenidade. Não para começar do zero, porque o primeiro golo estava feito, mas para repensar a estranha apatia que permitira ao adversário entrar em campo com um domínio inesperado. E, para azar de Soler, inconsequente.

O intervalo não parece ter separado apenas as partes de um mesmo jogo. Entre a primeira e a segunda cavou-se um fosso que engoliu o Beira-Mar e de onde trepou um FC Porto mais atinado. Conduzidos por Quaresma, que serpenteava obstáculos facilmente, os portistas cavalgaram a todo o vapor para o ataque, encorpado com o contributo decisivo de Adriano. Lucho e Raul Meireles, que começaram discretos, subiram a pulso, ajudando a emperrar e a empurrar o adversário num momento crucial. Depois, foi só uma questão de tempo. Pouco. Sete minutos bastaram para acrescentar um ponto final e mais alguns de exclamação ao jogo: Lucho, Raul Meireles e Alan descobriram um atalho para a baliza de Eduardo e percorreram-no sem hesitar, conferindo ao resultado um tom algo exagerado. Atordoado, o Beira-Mar desistiu da reacção, esperando apenas que o fim não demorasse muito. Do outro lado, entusiasmado com a descoberta do caminho certo, o FC Porto continuava, alegremente, solto e insatisfeito, arrancando ainda um penálti que permitiu a Adriano fechar as contas. Em resumo, sobra uma mão cheia de golos a empanturrar-lhe o ego e a relativizar as dificuldades de arranque de uma fórmula que apresentou apenas Cech como novidade.

Fonte: jogo.pt

Os resultado até hoje às 14:30 :) são estes:

19ª jornada

Sexta-feira (23 Fev)

Sporting-Aves 0-0

Sábado (24 Fev)

Académica-Boavista 0-2
Naval-Belenenses 2-3

Domingo (25 Fev)

V. Setúbal-Nacional 1-1
Beira-Mar-FC Porto 0-5

Segunda-feira (26 Fev)

Marítimo-U. Leiria 19:00
Sp. Braga-E. Amadora 20:00 *
Benfica-P. Ferreira 20:30 +

*SportTv1 | +TVI | ^SportTv2

sábado, fevereiro 24, 2007

Sporting empata com o último



O terceiro recebia o último. As probabilidades de que o resultado fosse diferente de uma vitória a favor do candidato ao título eram mínimas. Mas com algum engenho, concentração, espírito de sacrifício e alguma sorte, o Desportivo das Aves conseguiu um nulo inesperado em Alvalade, atrasando os leões, e conquistando um importante ponto para a liga dos últimos. Foi desperdício a mais para os homens de Paulo Bento, sobretudo no segundo tempo, mas premeia a exibição do adversário e castiga uma exibição muito aquém do esperado.

Apertar o losango com «tenazes». Foi assim que Neca quis evitar a derrota no jogo de Alvalade. Com Filipe Anunciação (Yannick), Mércio (João Moutinho) e Jorge Ribeiro (Nani) a esmagar o fluxo atacante do Sporting, a equipa de Paulo Bento era obrigada a arriscar mais passes longos, a evitar passar a bola pelo meio-campo, como se houvesse uma rede de ténis ali pelo meio. O risco era a maior, o número de passes errados anormal e, curiosamente, a maior fatia de perigo nas oportunidades criadas pertencia aos visitantes. O 4x3x3 elástico implementado permitia que o interior-esquerdo Jorge Ribeiro passasse para a ala, libertando Artur Futre para o miolo e para a dupla temporária com Hernâni.

Com um pouco mais de agressividade, sobretudo do lado de um irrequieto Leandro - que dava trabalho em excesso ao desconcentrado Ronny - os homens de Neca chegariam por duas vezes bem perto de Ricardo. Aos sete minutos, o extremo roubava a bola ao lateral, driblava para o meio e rematava para uma defesa rude para a frente do guardião leonino. Aos 26, Leandro voltava a encostar na linha, a arregaçar as mangas e a cruzar na perfeição para o toque subtil de Artur Futre na cara do guarda-redes. Para os leões valeria então o menor acerto do avançado.

Os leões foram durante toda a primeira parte uma verdadeira decepção. Sem meio-campo, à excepção de efémeros arranques de Nani e Yannick, com João Moutinho demasiado afastado da posse de bola, pouco mais conseguiram do que assustar Nuno numa ou outra ocasião. Um cabeceamento frouxo em balão do 28 em balão, com o guarda-redes ainda a recuperar de uma saída, e um ou dois remates tortos de Nani e companhia eram muito mau cartão de visita para um jogo entre o terceiro e último classificado.

Desta vez, nem os três centrais

O segundo tempo teria de ser forçosamente diferente. Primeiro, porque o intervalo, em teoria, é sempre bom conselheiro para tentar desmontar estratégias contrárias inesperadas. Depois, porque à maior vontade da equipa insatisfeita contrapõe-se invariavelmente um maior relaxamento de quem estava a jogar certinho-certinho. Em dois minutos, os leões tiveram dois bons momentos. Um movimento de Nani, aos 51, de pé direito para pé esquerdo, fez passar a bola perto do poste direito, um cruzamento de Nani, no minuto seguinte, entregou o golo a Bueno, mas o uruguaio colocou a bola ao alcance da palmada de Nuno para canto.

Os homens de Paulo Bento incendiaram-se e voltaram a apagar-se. O treinador percebeu que tinha forçosamente de mudar alguma coisa e a solução imediato foi ficar com apenas três defesas em campo e com Custódio e Farnerud (saiu Ronny) para ajudar. Yannick libertou-se para a esquerda e voltaram os desequilíbrios. Mas Liedson não chegava a tempo e Bueno, esforçado mas sem a estrela de outros jogos, atirava por cima. A 15 minutos do fim, entraria Carlos Martins para o tudo-por-tudo.

A bola teimava em não entrar. Apesar do número de falhas do Aves no seu sector mais recuado ter aumentado, o último classificado conseguia ter a bola por tempo a mais na metade contrária, ganhando tempo para respirar e tornando a pressão do Sporting descontínua. E, aos 83 minutos, Artur Futre até podia ter razões para guardar a bola no final. Um chapéu lindíssimo, com Ricardo pregado ao chão, fez a bola passar muito perto do poste esquerdo. Talvez fosse injusto, mas afinal quem devia ter feito muito mais era o adversário.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Braga acompanha Benfica (e muito bem!!!)



Jorge Costa teve uma estreia feliz no comando técnico do Sporting de Braga. O novo treinador da formação arsenalista montou uma estratégia ousada, sabendo que seria perigoso procurar segurar a magra vantagem conquistada na primeira mão, mas a inépcia do Parma acabou por redundar num apuramento seguro, mas ainda assim sofrido. Sem deslumbrar, o Sp. Braga repetiu um feito histórico com a capacidade de sofrimento dos «grandes», garantindo mais alguns pontos para Portugal com o golo tardio de Diego Costa (0-1).

A equipa portuguesa volta a garantir a presença nos quartos-de-final da Taça UEFA, esperando agigantar-se frente ao Tottenham de Ricardo Rocha. O Parma, diga-se em abono da verdade, é uma espécie de fotocópia cinzenta do colosso italiano de outrora, dos tempos da Parmalat. Mas o maior desafio para o Sp. Braga seria combater os próprios fantasmas, aquela tendência portuguesa de baixar a cabeça frente a adversário com maior estatuto.

Nesse ponto, aos arsenalistas voltaram a provar que são superiores à média, mas não conseguiram afastar por completo o estigma, a suicida tendência para o sofrimento, recuando na etapa complementar para uma recta final onde teve de segurar o coração nas mãos. Frechaut, que estava a realizar uma bela exibição, foi expulso em dois lances onde ficou vincado o excesso de ímpeto.

Tal como havia acontecido frente ao Chievo Verona, a primeira equipa italiana afastada pelos portugueses na Taça UEFA, o Sp. Braga voltou a terminar o jogo com menos homens com que tinha começado. Até então, a equipa orientada por Jorge Costa tinha conseguido anular as descoordenadas investidas do Parma, mas viria a sofrer mais nos últimos vinte minutos que nos restantes oitenta. Diga-se, igualmente, que as armas lançadas por Cláudio Ranieri ao longo do encontro provaram ser bem mais potentes.

O Parma está em zona de despromoção na Serie A e essa luta tem concentrado grande parte das atenções da equipa, que não contou com o apoio do público na recepção aos arsenalistas. As portas do estádio abriram-se, mas apenas para constatar o divórcio entre a equipa e os adeptos. O árbitro, que tinha sido anunciado pelos transalpinos há um mês, num gesto que levantou a compreensível suspeita de favorecimento, acabou por assinar uma exibição positiva.

Na recta final do encontro, entre um punhado de ensaios falhados do Parma, o Sp. Braga esperou por uma aberta para responder e viria a selar o apuramento com um golo de belo efeito. Luís Filipe percebeu a movimentação do jovem Diego Costa na área contrária e o brasileiro, que já tem um acordo com o At. Madrid, estreou-se a marcar nas competições europeias, com um excelente movimento. Injusto? Basta recordar o número de vezes em que portugueses foram eliminados por italianos apesar de apresentarem melhor futebol. Calculismo paga-se com calculismo.

Benfica nos Oitavos



O Benfica está nos oitavos-de-final da Taça UEFA e só precisou de sofrer 40 minutos. Simão Sabrosa e dois golos «da Liga portuguesa» resolveram os problemas que o Dínamo Bucareste chegou a colocar.

Se alguém achava que no ambiente de Bucareste estava o principal problema do Benfica, os primeiros quinze minutos da partida desmentiram a ideia. Fernando Santos surpreendeu ao colocar Derlei na posição de Nuno Gomes. Mas nem foi por aí que se viveu sem dificuldade o primeiro quarto de hora, uma vez que o avançado passou um pouco ao lado do jogo.

Com a defesa subida e o meio-campo equilibrado, o Benfica aguentou sem dificuldade as primeiras ideias dos romenos. Aliás, nem pareceu que o Dinamo quisesse pressionar muito logo a abrir. Rednic prometera inteligência e paciência e de facto foi assim que o primeiro golo apareceu, já depois dos 20 minutos. Desmarcação serena, passe preciso e a defesa do Benfica a abrir entre os centrais, com especiais responsabilidades para Anderson. Uma oportunidade, um golo, eliminatória empatada.

O esquema do Benfica parecia talhado para quem pensava em marcar primeiro: futebol directo, soliciatções rápidas para Derlei, Miccoli e até Simão, na posição de «10». A perder, os «encarnados demoraram muito a reagir. Luisão podia ter marcado de cabeça, aos 29 minutos, mas isso foi de bola parada. Lances de perigo, corridos, só aos 42 e 43 minutos, numa sequência louca, louca, só parada pelo guarda-redes Lobont. Ao intervalo, era ele o melhor em campo, espécie de prolongamento do que sucedera na Luz.

Aparece Simão

E foi como se não tivesse havido intervalo. O Benfica tivera o melhor período nos últimos três minutos da primeira parte, fazia o empate aos 49. Um lance de bola parada, como muitas vezes, um cabeça, como em tantas outras. Desta vez Anderson, após canto de Simão, conquistado por Léo. Agora o Dinamo precisava de fazer dois e resistir ao soco no estômago. Conseguiria?

Um pouco antes dos 60 minutos o Dinamo reagiu um pouco e chegou duas vezes perto de Quim. Rednic apostou, colocando Mendy no lugar do autor do golo, Munteanu. Havia meia hora para jogar e a partida continuava em bases relativamente lentas, o ritmo que melhor interessava ao Benfica, agora.

E foi assim, pé ante pé, que aos 62 minutos Simão poderia ter feito o 1-2. Mas, claro, Lobont resolveu, frente ao número 20 do Benfica. Cada golpe fazia oscilar o campo. Oportunidade, domínio. E, sem supresa, outro golo. Outra vez de canto, outra vez Simão, outra vez de cabeça. Agora Katsouranis! Tudo resolvido em 14 minutos?

Sim, foi a resposta que o resto do jogo confirmou. O Benfica, quase sempre através de Simão e Miccoli, manteve a bola muitas vezes no meio-campo romeno. Depois, Petit e Katsouranis aguentavam o sector intermédio e lá atrás imperava Luisão. Isso foi suficiente para demonstrar aos romenos que era altura de dizer adeus à Taça UEFA.

A receita do costume na Liga, golos de bola parada e de cabeça, foi suficiente para o Benfica garantir a presença nos oitavos-de-final da Taça UEFA. Paris ali tão perto e o público de Bucareste a despedir-se das duas equipas com aplausos.
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terça-feira, fevereiro 20, 2007

Miccoli pesa mais ao outros do que aos benfiquistas



Falemos então, novamente, do peso de Miccoli. Não, não se trata das calorias que o internacional italiano ingeriu em tempos não muito remotos e que provocaram, aqui e ali, alguma intermitência no seu rendimento, mas sim do seu peso (importância) nesta equipa. Falemos, pois, da sua influência, da mais-valia que ele representa, mesmo sem ter realizado um jogo brilhante em termos de intensidade. A verdade é que foi Miccoli que resolveu, desequilibrou e encontrou o caminho do golo em duas ocasiões, permitindo ao Benfica roubar a vice-liderança ao rival do outro lado da Segunda Circular, o Sporting. Se, no primeiro tento, o avançado fez alarde do seu poder de remate, no segundo mostrou todas as suas qualidades técnicas, a sua força (… correu 50 metros com a bola controlada, depois de ter passado por Patacas e Chainho), a sua capacidade de explosão. Enfim, o talento que tem para dar e vender. Uma obra-prima que leva os espectadores aos estádios de futebol.

O domínio do Benfica durante a partida foi avassalador, mas faltou, sobretudo na primeira parte, alguém que fizesse o último passe (Rui Costa saiu lesionado aos 13’, tendo sido substituído por Karagounis, mantendo-se o figurino táctico inicial) e, porque não, alguém que assumisse o risco de ir para a baliza, de tentar o remate com convicção – Nuno Gomes revela alguma falta de confiança –, pois a resistência até nem era muita…

A jogar num 4-4-2, e estreando Diego no ataque, o Nacional apareceu tímido e sem poder de resposta para o losango encarnado, comandado por Petit. Chainho ainda tentou empurrar a equipa para o ataque, mas a linha média encarnada não deixava o adversário pegar no jogo, pressionando muito à saída do seu meio-campo. Aliás, o melhor lance de ataque da equipa de Carlos Brito saiu dos pés de Juliano, aos 59’, obrigando Quim a efectuar uma grande defesa. Elucidativo!

O Nacional – que conquistara 17 dos 24 pontos disputados em casa, perdendo apenas com FC Porto e Sporting – foi efectivamente engolido pelas águias, e nem mesmo a entrada de Rogerinho, ao intervalo, para o lugar de Bruno, alterou o rumo dos acontecimentos.

O 4-4-2, em losango, desenhado por Fernando Santos, com a surpresa Miccoli, chegou e sobrou para as encomendas. Com maior confiança, os números até poderiam ter sido outros… Na parte final, Fernando Santos lançou Paulo Jorge, o Benfica passou a jogar em 4-3-3, mas essa mudança foi apenas um pormenor, pois a partida estava mais do que ganha.

Fonte: jogo.pt

domingo, fevereiro 18, 2007

Sporting empata na Mata Real

E como os medicamentos ainda não estão a fazer efeito...



Boa partida na Mata Real. O Sporting foi mais forte na primeira parte, mas só conseguiu materializar o seu ascendente na seguna parte através de um grande golo de Liedson. O Paços de Ferreira reagiu muito bem e restabeleceu a igualdade com um outro grande golo, marcado por Cristiano. Com este resultado, os leões estão agora a 5 pontos do líder do FC Porto, enquanto que o Paços de Ferreira continua invencível em casa, subindo provisoriamente ao 5.º lugar.

José Mota, treinador do Paços de Ferreira considerou em conferência de imprensa, após o jogo desta noite com o Sporting, que o empate obtido pela sua equipa está de acordo com o que se passou em campo:

"Estou satisfeito com o empate. Era um dos resultados que nós pretendíamos e acho que a minha equipa trabalhou muito para o merecer.

O jogo foi muito difícil, porque o Sporting entrou muito forte dominou a primeira parte e nós não estivemos bem nas transições defesa-ataque e lopgo aí entregámos a bola ao adversário com demasiada facilidade e como eles têm uma boa equipa, com excelentes jogadores, souberam aproveitar e criar desequilíbrios na nossa defensiva.

Sentimos muitas dificuldades e os muitos cantos existentes foram sinónimo disso mesmo.

Na segunda parte, penso que melhorámos em todos os aspectos, fomos mais agressivos no bom sentido da palavra, mais atrevidos, tivemos mais qualidade ao nível do passe, conseguimos aquilo que pretendíamos e não sendo fácil jogar contra o Sporting, dar a volta ao resultado é ainda mais meritório, por isso considero o empate justo, mas é claro que o Sporting foi mais dominador e teve mais oportunidades de golo, só que o querer, a vontade e a ambição que o Paços de Ferreira teve durante os 90 minutos foram suficientes para igualar a contenda".

No final do encontro com o Paços de Ferreira, Paulo Bento reconheceu que o empate se ficou a dever "à falta de eficácia no sector ofensivo." Contudo, o técnico reconheceu que o Sporting "produziu uma exibição de qualidade."

Ao fazer um resumo do encontro, Paulo Bento afirmou que "nos primeiros 45 minutos fomos mais fortes, dominadores e consistentes em termos defensivos." Na etapa complementar e segundo o treinador "continuámos a dominar e após o tento inaugural podíamos ter acabado com a partida.

O golo do adversário surgiu de uma falha na transição, mas a equipa reagiu, arriscou e construiu duas ocasiões claras de golo."Paulo Bento adiantou que "pelo que produzimos e pela qualidade demonstrada não podemos baixar os braços."

Com este empate, o Sporting ficou a cinco pontos do FC Porto, o que para o técnico "leonino" significa que "deixámos, novamente, de depender de nós. Mas vamos continuar a trabalhar e a lutar.

A nossa exibição foi boa, mas não tivemos eficácia no processo ofensivo."

Fonte: www.sporting.pt e ojogo.pt

Porto goleia Naval (sim, a mesma Naval que fez a vida negra ao Benfica mas que com os outros não mostra nada)



Enquanto recupero dos meus traumatismos na zona do crânio, na preparação para o Torneio de Futsal, fica mais um video com a victória fácil e merecida do Porto que parece recuperar o seu rumo, e que tem um embate com o Chelsea à vista...

Ou Quaresma, ou nada. Jesualdo Ferreira esperou pela despenalização do extremo e, face à resposta adiada do Conselho de Justiça da Federação, confirmou o que os adeptos do F.C. Porto começavam a perceber. As alternativas não convencem, mais vale abdicar dos flancos e atacar em força pelo centro. Dito e feito. Em 4x4x2, os portistas reconquistaram o Estádio do Dragão e golearam a Naval 1º de Maio (4-0). Os azuis e brancos regressaram as vitórias caseiras aplicando a mesma «chapa 4» com que haviam presenteado o P. Ferreira, há dois meses. Depois de três derrotas em quatro jogos realizados em 2007, duas delas em casa, o Porto voltou a ser do Porto.

Um ano depois, a batalha Naval no Dragão serviu para nova inovação táctica no F.C. Porto. Com Adriaanse, um desaire na Amadora motivou a implementação de um sistema de três defesas. Tudo o resto era ataque. O resto da história é do conhecimento comum. Agora, Jesualdo também fez um balanço após derrota frente ao Estrela e viu a equipa da Figueira da Foz como cobaia para uma experiência táctica que promete transmitir outra dinâmica ofensiva aos dragões, sobretudo para diminuir a quota de dependência de Ricardo Quaresma. Com Pepe de regresso à defesa, Cech cresceu como médio interior esquerdo, Lucho González fez o mesmo na direita e Bruno Moraes foi um falso 10 com liberdade para apoiar Postiga e Lisandro López.

Autocarro na garagem, foram a pé para o carrossel de futebol
A Naval 1º de Maio contribuiu para o espectáculo, deixou o autocarro na garagem do Dragão e acabou por caminhar para um carrossel de futebol onde pouco mais fez que papel de figurante. Criou algumas oportunidades na fase inicial do encontro, mas o primeiro golo do F.C. Porto (19m) dizimou sonhos e serviu de prenúncio para uma noite em tons de azul e branco. Bruno Moraes recuperou a bola a meio-campo e descobriu a movimentação-tipo de Lisandro, que flectiu da direita para o centro e colocou um ponto final num jejum de golos que se prolongava há dois jogos.

Os dragões derrubavam um adversário que tinha sofrido apenas cinco golos na condição de visitante, na Liga 2006/07. Pois bem, esta Naval viajou até ao Porto para levar quatro na bagagem. Lucho González marcou o seu sexto após bela incursão de Pepe pelo flanco direito e, no início da etapa complementar, Lisandro chegou ao patamar dos cinco golos com nova desmarcação letal, apresentando uma fotocópia do tento inaugural ao receber o passe de Hélder Postiga.

Uma hora de tango na serenata à chuva
O F.C. Porto soube quebrar a oposição da Naval nos momentos-chave e Jesualdo Ferreira dispôs de liberdade para promover a gestão de recursos humanos, com a recepção ao Chelsea na linha do horizonte. Assim, o tango argentino durou apenas uma hora. Ao minuto 60, Lucho González abandonou o palco da autêntica serenata à chuva, fugindo dos lençóis de água que iam caindo sobre o tapete portista. Lisandro havia sido substituído logo após o seu bis. Foram-se os argentinos, vieram os brasileiros, com destaque para o regresso de Adriano à competição, após o pesadelo chamado Atlético. O ponta-de-lança gritou presente com o golo da ordem, em tempo de descontos, correspondendo a cruzamento de Marek Cech.

A Naval reflectiu, na segunda metade do encontro, a imagem de um conformado derrotado. Estavam feita as pazes do F.C. Porto com os adeptos, recuperados os índices de motivação para o regresso à Liga dos Campeões. A estreia de Rentería foi apenas a cereja em cima do bolo. Jogo fácil para o árbitro Nuno Almeida, que merece o benefício da dúvida no lance entre Mário Sérgio e Fucile (75m), apesar de parecer haver motivos para a marcação de um castigo máximo a favor dos dragões.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

UEFA!



O Benfica venceu o Dínamo de Bucareste pela margem mínima, com um golo marcado por Miccoli, mesmo em cima do apito final. Depois das dificuldades evidenciadas durante todo o jogo, valeu às águias a subida no terreno e a pressão que fez nos últimos minutos. Uma jogada com o selo de Rui Costa.

Fernando Santos repetiu o onze que defrontou o Boavista, na Luz, mas ao contrário do verificado frente aos axadrezados a exibição dos encarnados foi tudo menos boa. O Benfica até teve as melhores jogadas, mas permitiu que o Dínamo pautasse o ritmo de jogo e com isso assistiu-se a um futebol muito atabalhoado, em alguns momentos.

Na primeira parte, Nuno Gomes esteve sempre muito sozinho na frente, já Rui Costa, neste regresso às competições europeias, tentou organizar o jogo a meio-campo, mas também não teve o apoio necessário.

O jogo com o Dínamo Bucareste foi especial para o camisola 10, que apenas havia jogado na terceira pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões, frente ao Áustria de Viena. Desde 22 de Agosto do ano passado que Rui Costa não jogava nas competições europeias e só já perto do final do jogo conseguiu sorrir.

Simão actuou na posição de segundo ponta-de-lança e não esteve ao nível que lhe é característico, numa primeira parte em que foi Lobont a brilhar. O guarda-redes da equipa romena respondeu sempre rápido aos remates do Benfica e negou o golo por três vezes a Nuno Gomes.

Acordar perto do fim, com sotaque italiano

Antes do jogo começar assistiu-se a duas declarações de amor no relvado do Estádio da Luz. Uma em português e outra em romeno. Em dia de namorados o futebol foi tudo menos apaixonante.

Descontente com a prestação do Benfica, Fernando Santos fez entrar Miccoli no início da segunda parte e deixou no balneário Petit, que já tinha visto um cartão amarelo. Katsouranis passou a jogar como o médio mais recuado, enquanto Simão ficou atrás dos dois avançados com Rui Costa mais atrás, ao lado de Karagounis.

Mesmo com estas alterações, o Benfica continuou a demonstrar alguma falta de identidade e isso permitiu aos romenos ganhar tempo, já que jogadas ofensivas com perigo para a baliza de Quim nem vê-las. A única vez que o internacional português foi chamado a defender registou-se aos 55 minutos, num cabeceamento de Niculescu. Mais tarde (75m) voltou a responder com uma boa defesa ao remate cruzado do melhor marcador da Taça UEFA.

O empate sem golos agradava aos romenos e por isso mesmo sem saberem jogar à defesa, como afirmou o treinador Mircea Redmic, a verdade é que defenderam bem. O maior sufoco teve lugar aos 69 minutos quando na conversão de um livre Simão rematou à barra e na recarga Miccoli falhou, de forma incrível, a emenda bem próximo da linha de golo
.
Aos 74 minutos Fernando Santos procedeu à segunda substituição, possibilitando a estreia de Derlei na UEFA com a camisola encarnada, a substituir Nuno Gomes. Nesta fase do jogo o Benfica jogava ao ataque mas, ou por desentendimento dos homens da frente, ou por cortes dos romenos, ou por remates ao lado, a bola não entrava na baliza do Dínamo.

Já perto do final do jogo Derlei, na grande área, cabeceou ao lado, mas ainda teve tempo para festejar a vitória. Aos 89 minutos, Rui Costa construiu a jogada que deu origem ao golo, cruzou para Simão que rematou para defesa incompleta de Lobont. Na recarga, Miccoli desfez o empate e garantiu uma dificílima, mas importante, vitória para o Benfica.

O objectivo de vencer sem sofrer golos foi conseguido mesmo ao cair do pano e nesta altura já muitos não se lembrarão da exibição da equipa encarnada. Para o triunfo foi determinante a pressão ofensiva do último quarto de hora, frente a um Dínamo já sem pernas para subir no terreno.

Palavra também para a vitória do Braga sobre o Parma, do qual amanha conto ter videos.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Sorteio dos quartos de final da Taça de Portugal

A eliminatória está marcada para 28 de Fevereiro.

Sorteio

Sp. Braga-Varzim



O director-executivo do Conselho Fiscal, Júlio Constantino, garante que os poveiros estão dispostos a aplicar frente ao Sp. Braga, em jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal, a mesma receita que utilizaram para eliminar o Benfica da prova.

"O Varzim vai a Braga para praticar o mesmo futebol que praticou com o Benfica. O Sp. Braga é um clube nosso conhecido, é vizinho, e já praticou bom futebol no nosso estádio", afirmou Júlio Constantino.



Já do lado do Braga, o director-executivo da SAD do Sp. Braga, Eládio Paramés, reconhece que os minhotos são favoritos no encontro frente ao Varzim (eliminaram o Benfica), nos quartos-de-final da Taça de Portugal, agendados para o próximo dia 28.

"Não há adversários acessíveis. Mas o fundamental é jogarmos em casa. Pensamos que somos favoritos, mas temos que trabalhar e correr mais que eles. As camisolas não ganham jogos", afirmou Paramés.

O director-executivo sublinha ainda: "Queremos continuar na três frentes, Taça de Portugal, Taça UEFA, sendo que no campeonato continuámos sempre, mas a ver vamos como correm os jogos."

Sobre o encontro da próxima quinta-feira com o Parma para a Taça UEFA, Eládio Paramés refere: "Houve uma mudança de treinador [Claudio Ranieri foi nomeado hoje] e isso altera tudo o que estávamos a contar. Mas há sempre a motivação dos jogadores nestes jogos."

Beira-Mar-Boavista



Não foram encontradas reacções.



Os axadrezados deslocam-se a Aveiro, nos quartos-de-final da Taça de Portugal, um adversário que deixou satisfeita a equipa do Bessa.

"Temos grandes tradições nesta prova, os níveis de motivação estão em alta. Temos muito gosto em ir jogar em Aveiro", referiu António Barbosa, director do Boavista.

O vice-presidente do Beira-Mar, Caetano Alves, realça: "Os jogadores estão com vontade de recuperar o tempo perdido na primeira volta".

Sporting-Académica



O facto do Sporting jogar em casa nos quartos-de-final da Taça de Portugal - será frente à Académica - foi considerado por Eurico Gomes como "extremamente importante". O secretário técnico dos leões mostrou-se confiante na eliminação dos estudantes."Não esperamos surpresa", disse.

Eurico Gomes considerou a Académica "um excelente adversário", mas lembrou que o objectivo da equipa orientada por Paulo Bento "é chegar à final".



O capitão Pedro Roma admite que o Sporting era o adversário que não queriam defrontar nos quartos-de-final da Taça de Portugal, mas assegura que a equipa tudo vai fazer para chegar ao Jamor.

"Dos adversários em prova, o Sporting era aquele que todos preferiam não defrontar. O sorteio ditou que seremos nós. Os jogos da Taça têm sempre particularidades diferentes e em que tudo está em aberto."

E garante: "A equipa vai jogar como se uma final se tratasse porque o objectivo é chegar ao Jamor. E tudo faremos para que tal, apesar das dificuldades, possa ser possível.”

Bragança-Belenenses



O Bragança, a única equipa da II divisão ainda em prova, assegura que vai dificultar a vida ao Belenenses nos quartos-de-final na Taça de Portugal, que se realizam no próximo dia 28.

"O Belenenses não pense que vai ter a vida facilitada por, à partida, sermos uma equipa inferior. Dentro daquilo que sabemos fazer, vamos receber com respeito e tentar ultrapassar o adversário", assegurou o coordenador da Comissão administrativa do Bragança, Óscar Guerra.

Consciente que todos os adversários em prova gostavam de ter o Bragança como adversário, Óscar Guerra garantiu que a equipa vai empenhar-se para manter-se na Taça, e lembrou o jogo dos oitavos-de-final, em que os bragantinos tinham "um por cento de hipóteses de vencer" à Naval.

Por seu turno, Tuck, secretário técnico do Belenenses, lamentou o facto de a equipa não jogar no Restelo, considerando o Bragança um adversário com mérito.

"Até aqui os sorteios têm ditado que joguemos fora. Respeitamos todas as equipas, mas também estamos nesta fase com todo o mérito. Pensamos continuar em prova, já que só faltam dois jogos para estar no Jamor...", vincou.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Falta de tudo

Queria pedir desculpa por não ter colocado nada referente à taça de Portugal, mas não tive tempo, não tive videos e não tive sequer telemovel para falar com os meus amigo que me fornecem os videos.....

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Portugal mostra ao Brasil como é



O Brasil não brilhou, brilhou Portugal!! Scolari voltou a derrotar o Brasil, desta vez por 2-0, com um golo de Simão, após excelente assistência de Ricardo Quaresma, e outro de Ricardo Carvalho. Faltavam poucos minutos para o final e depois dos assobios ouvidos durante todo o jogo os portugueses responderam com os festejos da vitória.

60 mil encheram o Emirates Stadium para ver um Brasil bem diferente do habitual. Não jogou bonito como é sua característica inata, apesar de na primeira parte ter sido (quase) a única equipa a atacar. A selecção canarinha dominou o jogo no primeiro tempo, mas pela frente teve sempre um Ricardo extremamente seguro entre os postes e uma defesa segura.

Sem festejos ao ritmo do samba, foi Cristiano Ronaldo que dançou ao som dos assobios no estádio do Arsenal. O camisola 17 foi a figura central do jogo. Aliás, já o era muito antes do apito inicial e dentro de campo provou isso mesmo. Sentou adversário com fintas, iniciou jogadas desde a defesa até ao ataque, jogou, fez jogar, rematou, irritou os adversários ao trocar a bola de pé. Ele é, sem dúvida, o fado dos ingleses que não são amantes do Manchester United. Nada intimidado com os que não o amam, Cristiano Ronaldo fez o que lhe competia em campo. Apenas lhe faltou o golo. Mas saiu do Emirates Stadium com brilho e radiante com a espécie de vingança conseguida com os golos de Simão e Ricardo Carvalho.

Na resposta a uma primeira parte dominada pelo Brasil, as poucas oportunidades que Portugal teve para atacar aumentaram no etapa complementar e quando todos menos o esperavam os festejos foram mesmo portugueses. Depois de equilibrar o jogo, a selecção portuguesa foi galgando terreno até ao ataque e na sequência de um excelente cruzamento de Ricardo Quaresma, Simão desfez o empate. Uma boa jogada de Portugal que Helton não conseguiu travar.

Os brasileiros não conseguiram responder à desvantagem e foi em cima do apito final que sofreram o segundo golo, por intermédio de Ricardo Carvalho. Hugo Viana e Ricardo Quaresma combinaram bem na marcação rápida de um livre e o esquerdino cruzou para a área onde surgiu o central a concluir.

2-0 foi o resultado final e Portugal continua, sem dúvida, com um saldo positivo nos últimos confrontos: um empate e duas vitórias. Esta vitória não vale pontos, mas serve para aumentar consideravelmente o moral dos internacionais portugueses.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Portugal goleia Estónia



A Selecção Nacional de sub-21 goleou esta tarde a Estónia, por 3-0, em jogo respeitante à primeira jornada do Torneio Vale do Tejo disputado no Estádio de Rio Maior.

A equipa portuguesa dominou completamente o encontro, ainda que só tenha marcado na segunda parte. Portugal defronta na final da prova a República Checa, vencedora hoje da Eslovénia, por 2-0, na quinta-feira, às 17 horas, em Abrantes.

FICHA DO JOGO: Portugal 3-0 Estónia (final) (Hugo Almeida 62', Varela 78', Manuel Fernandes 84').

Equipas oficiais

PORTUGAL: Paulo Ribeiro (Ricardo Baptista 46'); Filipe Oliveira (João Pereira 46'), Amoreirinha, Rolando (André Coelho 46') e Miguel Veloso; Rúben Amorim (Sérgio Organista 46'), Manuel Fernandes, Nani (Varela 72') e Vaz Té (Ivanildo 46'); Yannick Djaló (Paulo Machado 72') e Hugo Almeida.

ESTÓNIA: Aksalu; Talimaa, Roops, Azurkevits e Taska; Tukk, Kuresoo, Lember e Sander Pauti; Ahjupera e Purje.

Fonte: O Jogo

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Fstival dos falhanços e um guarda redes que só brilha na Luz parte 582



O sonho do campeonato durou apenas cinco dias? Esta é a pergunta que os responsáveis do Benfica devem colocar a si próprios depois de a equipa ter perdido pontos em casa pela primeira vez nesta Liga. Nunca é boa altura para desperdiçar assim, mas menos de uma semana depois do «regresso» à corrida pela título deve ter doído. Até porque esta foi uma daquelas noites em que os «encarnados» podem falar de falta de sorte. Disso e da incapacidade para aproveitar as oportunidades criadas, mais do que suficientes para vencer duas partidas.

Ao intervalo o resultado dizia zero sobre o jogo.

Não havia golos, mas os primeiros 45 minutos tinham sido muito interessantes. Disputados a um ritmo sereno, despidos de correrias inúteis, como se todos os gestos tivessem um sentido.

Depois de ter impressionado pela atitude nos primeiros 15 minutos, o Boavista cedeu e limitou-se a defender. Não aquela defesa suada, sempre à beira da tragédia. Antes uma defesa muito posicional, feita de tentativas para encaixar nas movimentações do adversário.

Não se pode dizer que Jaime Pacheco tenha passado 30 minutos sossegados. Embora sem um ritmo asfixiante, o Benfica jogava muito bem. E por isso desperdiçou excelentes oportunidades. Uma aos 18 minutos, por Nuno Gomes e Anderson; outra aos 30 minutos, por Katsouranis, ao poste; outra ainda, aos 43, com William a desviar para a trave um remate de Katsouranis, isolado por Petit. No intervalo dos lances mais perigosos o guarda-redes do Boavista ainda fez algumas defesas que lhe ficaram bem.

E por isso ao intervalo o zero do Benfica era muito mentiroso. O do Boavista tinha tudo a ver.

É o fim?

E o jogo recomeçou exactamente com a mesma cara. O Benfica ainda mais pressionante do que no melhor período da primeira parte. Sereno, encostando o Boavista atrás e continuando o diálogo muito particular com a baliza de William. Aos 50 minutos canto, Katsouranis (pois...) incrivelmente ao poste. Depois, aos 61, jogada de Katsouranis e a vez de Luisão rematar ao poste. Se está perdido aí ficam as contas: quatro bolas nos ferros numa hora.

Por essa altura o Boavista respirou. Sempre sem criar oportunidades, mas agora mais subido e por isso deixando William menos aflito. Fernando Santos percebeu o sinal e resolver intervir. Desfez o 4-4-2 dos últimos tempos, estreou Derlei na direita e pediu a Simão que jogasse na esquerda. Karagounis foi o sacrificado, apesar da excelente primeira parte. Jaime Pacheco respondeu com duas alterações.

O Benfica tornou-se mais nervoso. Mas nem por isso as oportunidades desapareceram. Nuno Gomes, duas vezes, e Simão voltaram a ter boas chances de bater William. Mas parecia que não era noite.

Para grandes problemas, Mantorras. Pelo menos foi isso que pensou Fernando Santos, a dez minutos do fim. Saía Petit. O Benfica corria riscos. O Boavista preparava-se para sofrer.

Nas bancadas já se protestava. Com William. Com Pedro Henriques. Com Fary, que demorava a sair. O Benfica perdera a linha de rumo que mantivera durante mais de uma hora. Sem Petit até havia autorização para Grzelak subir e fazer posse de bola no ataque. Fernando Santos já estivera mais perto de ganhar. Nervo, pedia Jaime Pacheco. Menos nervos, quereria o treinador dos «encarnados».

Cinco minutos para o final. Cinco minutos para os primeiros pontos perdidos. Cartão amarelo único para Nuno Pinto. Bola parada. O Benfica tem resolvido muitas coisas dessa forma. Não. Agora respira-se do lado do Bessa. O Boavista está perto de conseguir um feito invejável: não sofrer golos em dois jogos com os «encarnados». Mas ainda se joga. Anderson na pequena área, William resolve. Palmas, apesar de tudo. Os 50 mil são justos, elogiam a exibição. Sai Nelson, entra João Coimbra. Cinco minutos de compensação. Luisão está agora sobre a direita. Já não há estrutura do lado do Benfica, só coração. Os minutos passam, os adeptos começam a sair. Fim. Esbarrou contra os postes o sonho do título?

Dois grandes destintos



Sporting vira o jogo....

Sporting goleia o Nacional

O Sporting arrancou sábado uma excelente vitória sobre o Nacional, em Alvalade, por 5-1, num jogo muito sofrido para os leões, que sofreram o golo inicial da partida e só no último quarto-de-hora conseguiu a reviravolta, falhando ainda um penálti antes de marcar.

Os jogadores do Sporting conseguiram superar os nervos que os assaltaram durante grande parte do tempo e acabaram por ganhar com mérito. Particular destaque para o argentino Bueno, autor de quatro dos cinco golos do Sporting em pouco mais de meia hora.

FICHA DO JOGO
Sporting 5-1 Nacional (final)
(Bueno 74', 77', 90' e 90+3', Liedson 82'; Bruno Amaro 25').

SPORTING: Ricardo; Caneira, Tonel, Polga e Tello; Miguel Veloso; Carlos Martins, João Moutinho e Nani; Yannick Djaló e Liedson.

NACIONAL: Diego; Patacas, Ricardo Fernandes, Ávalos e Alonso; Chainho; Bruno, Juliano e Bruno Amaro; Zé Rui e Rodrigo.

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa). Árbitros-assistentes: José Lima e Pedro Garcia.

Fonte: O Jogo



Porto perde em casa...

Um F.C. Porto de muitos nervos e poucas soluções perdeu esta noite uma excelente ocasião para calar todo o burburinho que começa a fazer-se à sua volta. Depois do empate do Benfica, chegava uma vitória sobre o E. Amadora para encostar o rival de todas as horas às cordas e regressar a um caminho feito de rosas, senhor são rosas.

Mas não. O F.C. Porto fez uma das piores exibições da época e acabou por perder com contornos escandalosos. Uma exibição tão má, aliás, que no final sobram apenas três ocasiões claras de golo: uma de Postiga solto por Lisandro, outra de Lisandro isolado por Vieirinha e outra num remate de Lucho. A todas elas o guarda-redes Paulo Lopes respondeu com sucesso.

Perante um adversário esforçado, mas muito limitado, o F.C. Porto conseguiu apenas mais meia-dúzia de remates, nenhum deles a cheirar verdadeiramente o golo. Muito pouco, portanto. Depois de três derrotas em pouco mais de um mês, e perante a pior assistência da época (26. 309 espectadores), torna-se difícil esconder que é oficial: o F.C. Porto está em crise.

É oficial, a crise está instalada

Do E. Amadora não há muito a dizer. É uma equipa esforçada, certinha, mas muito limitada. Em condições normais teria saído do Dragão derrotada. Um ou outro contra-ataque perigoso, de resto, não chega para afastar a ideia que se apresentou no Porto com a intenção suprema de não perder. Na procura desse objectivo, foi muito competente.

Meteu todos os homens atrás da linha de bola, aproximou o meio-campo da defesa, construiu aí um bloco impenetrável, colocou os dois avançados sobre os laterais adversários na situações defensivas e deixou o F.C. Porto sem soluções. Com muito espírito socialista esperou depois que o adversário caísse em erros consecutivos. Sim, que foi só esperar. Sem alas que desequilibrassem, e com trânsito impossível pelo meio, o F.C. Porto dominou, dominou, dominou, mandou no jogo, teve toda a posse de bola, mas teve também enormes dificuldades em criar situações de perigo.

Nesta altura toda a gente deve estar a pensar em Quaresma. Sim, que Lisandro não é homem de encostar à linha e partir para cima do lateral, e Vieirinha acusou em demasia a ansiedade da equipa. É verdade, Quaresma fez muita falta. Mas só por aí não pode explicar-se tudo. Não pode explicar-se que a entrada de Alan para o lugar de Raul Meireles, que alargou a frente de ataque para quatro homens e aumentou a pressão sobre o adversário, não tenha sido suficiente para desfazer o nulo. E sobretudo não pode explicar-se aquele golo de Anselmo nos descontos, ele que já antes tinha ameaçado provocar um escândalo.

Do jogo sobra uma dúvida. Aos 62 minutos, Postiga e Fonte saltam na área. A bola vai à mão do defesa do Estrela. O F.C. Porto reclamou grande penalidade. Jorge Sousa estava perto e mandou seguir.